Conflitos não destroem relações — o silêncio, sim. Descubra como transformar os desafios em crescimento para o casal

Quando a fase da lua de mel acaba e os desentendimentos começam a aparecer, muitos casais entram em dúvida: será que a relação realmente vale a pena?

Fomos ensinados a acreditar que o casamento — ou qualquer compromisso amoroso — seria o coroamento de uma história de amor. Nos contos de fadas, depois de muitas provações, o casal finalmente se une e vive feliz para sempre. E, no nosso imaginário, esse “feliz para sempre” muitas vezes é traduzido como uma vida sem conflitos, sem discussões, sem atritos.

Só que a realidade é outra. E, diante dela, os casais geralmente seguem três caminhos:

• Encerram a relação cedo demais, acreditando que fizeram uma escolha errada.

• Permanecem juntos, mas evitam os conflitos, engolindo insatisfações e escondendo ressentimentos.

• Transformam o dia a dia em um campo de batalha, brigando constantemente.

Nenhuma dessas alternativas constrói um vínculo saudável. No primeiro caso, a relação termina antes mesmo de florescer — e é bem provável que a mesma dinâmica se repita no próximo relacionamento. Nos outros dois, o acúmulo de mágoas, ressentimentos e rancor mina a intimidade e distancia o casal.

A grande verdade é: não são os conflitos que destroem uma relação, mas a forma como lidamos com eles.
Evitar, silenciar ou reagir de maneira imatura é o que realmente abala os laços.

Relacionamentos profundos exigem coragem para sair da zona de conforto e disposição para encarar aquilo que nos é estranho. E é justamente nesse encontro — entre diferenças, vulnerabilidades e desafios — que está o potencial de crescimento. O casal aprende, juntos, a se reinventar.

O casamento, a vida a dois ou a decisão de dividir a rotina com alguém, não é o ponto final da história: é apenas o começo. Duas pessoas únicas, com suas histórias, modos de sentir e visões de mundo, se encontram. Inevitavelmente, os conflitos aparecem — e isso é natural.

Construir uma relação em que os conflitos possam ser acolhidos e trabalhados abre espaço para um vínculo mais profundo, verdadeiro e duradouro. É nesse processo que o outro pode, de fato, tornar-se sua alma gêmea.